segunda-feira, 26 de dezembro de 2011





¿Quem pensam que são os escritores? Por que acham que seus textos – ou textículos – serão lidos? Acham que são deuses? Que necessidade sentem em expor suas idéias, criar personagens, criticar os semelhantes, ou simplesmente expressar o belo por meio de palavras? Ora, fiquem quietos! Por que acham que os leremos? Temos mais o que fazer. Temos festas para ir. Vem chegando o carnaval. Por que será que os escritores acham que seus escritos são relevantes? Por que se consideram acima dos demais? Quem lhes disse que poderiam publicar livros ou infestar a internet com seus textos mais ou menos? Caro leitor, você não acha que é de uma pernosticidade um cara que você nem conhece, escrever um texto e tentar dialogar com você como se fosse seu amigo de infância? Ou arriscar em te dar um conselho sobre fazer ou não uma coisa, sem ao menos te conhecer? E, como se não fosse pouco, os escritores usam os recursos da língua e assassinam a gramática se defendendo com o que chamam de licença poética. E ainda usam um tal de neologismo para criar novas palavras que só existem em sua mente debiloidizada e subinteligentemente afetada. É o fim da picada. E as rimas pobres da poesia? Quem diria? A forma mais rápida de sintetizar uma idéia em forma de mera baixaria. Seria como uma espécie de metapsicologia enfeitada com pétalas cintilantes e o lirismo clown de Shakespeare. Ufa! Os escritores estão no topo da cadeia alimentar do pseudointelectualismo comedido e surgem como duplas sertanejas em Goiânia. E ainda lançam questionamentos instigantes ao leitor como se o coitado já não tivesse problemas demais, o escritor tira da manga uma questão filosófica cultural transcendental, além de, às vezes, usar palavras que ninguém, além de meu antigo professor de latim, usaria. Sinceramente eu não sei onde eles pretendem chegar estuprando nossas idéias com seus textos bem dotados. Se alguém souber me avise. Ou será que eu não estaria exagerando?

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