segunda-feira, 21 de novembro de 2011



Enquanto pensava no amado
Ouvia o Bolero de Ravel
E masturbava-se no quarto
Concentrava-se bem no saxofone
E com fome gozava um gozo melado
(No canto do quarto se via um ob usado)

domingo, 20 de novembro de 2011


Eu sou um tal de amor eterno
Que vaga pelos corações humanos
Não tenho nada além do meu próprio erro
E vivo a vida cometendo enganos

Há noites em que perco as estribeiras
Vejo palavras doces em volta de mim
Desperto desejos em prostitutas e freiras
Mas não sou Don Juan nem o James Dean

Então volto do sonho com a culpa de lado
Mas raramente me arrependo do que fiz
Algumas coisas me deixam magoado
Tirando isso, até que eu sou feliz

sábado, 19 de novembro de 2011

A Porta



Entre o real e o imaginário
Existe uma porta secreta
Quase sempre passo perto
Para ver se está aberta

Gemini


Eu não sou assim, sou inquieto, calmo, triste e preguiçoso. Se me alegro é pelos outros. Detesto a solidão, mas adoro ficar sozinho. Eu não sou assim, às vezes sou perverso, às vezes chato, e muito curioso. Sou tranquilo e desleixado. Quando sorrio pode se perceber algo alcoólico ao meu lado. Eu não sou assim, sou medroso, egoísta e, às vezes, pessimista. Sou guloso e desastrado, sou distraído e sempre perco a hora, às vezes sou o pior, às vezes não. Eu não sou assim, eu sou de gêmeos. Geminiano Bipolar!

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

ANDRÈNALINA

ANDRÈNALINA



Uma nova proposta musical chega ao mercado. Poesia, acordes dissonantes e rataplãs a seu dispor. Preconceito 0 X 10 Irreverência. Noites inacabáveis e ressacas permanentes. Manutenção da frequência cardíaca e pressão arterial adequada tanto em repouso como em condições de estresse. Eu não prometo nada. A não ser continuar a rima. Muito prazer, me chamam ANDRÈNALINA!

Insanidade & Coração



Insanidade & Coração

Meu primeiro livro publicado no inverno de 2004. Na época era vendido a apenas R$ 10,00. Hoje em dia é raro. Quem tem, tem! Um abraço pra meu amigo Ricardo Lemos que escreveu o prefácio, segundo o próprio, a melhor parte do livro. Tem dias que eu concordo. Em outros eu acordo e me perdoo. às vezes deixo as coisas no ar. Este livro foi dedicado, entre outras pessoas, àquelas que eu, infelizmente, tive que deixar de amar.

Um tostão de meus versos...

Aí, Deus me deixou não estranho
Olhando as coisas bobas com loucura
Não podendo controlar a minha ânsia
Meu coração se transformou em insânia
É triste, mas é normal
Foi Deus quem quis
Dizem que Deus escreve certo por linhas tortas,
Mas acho que Deus nem sabe escrever
Ele apenas lê o que a gente escreve


- Nas melhores lojas do Ramo -
Sem paciência pra clássicos resolvi escrever "textículos". Além de humoristicamente provocador a qualidade não se perde. O marketing fica 70% por conta apenas do nome, assim como uma outra banda que eu tinha. Assim que eu achar os vídeos postarei aqui. Nada contra Shakespeare ou Drummond, muito pelo contrário, mas é que a marginalidade, o senso de humor eterno e a preguiça me motivam mais. Eu estou sempre com vontade de ir embora. Mudo minha opinião em minutos, pois queria sol, mas quero chuva agora e às vezes fico por baixo outrora por cima. E tenho mesmo esse vício por rima. Coisa de Poeta, vai saber ...

Festa na Casa do Poeta



Festa na casa do poeta

Você sonhou um dia em ser um pescador
Beber com os amigos e só falar de amor
Mas teve que voltar para um mundo estranho
E chamar pra briga alguém do seu tamanho

Você esqueceu os sonhos que sempre precisou
E perdeu amigos que nunca encontrou
Beijou suas amigas com segundas intenções
E voltou da briga com alguns arranhões

Por isso criou asas e pediu conselhos
Se livrou do ódio e dos olhos vermelhos
Sumiu de madrugada sem se preocupar
E só voltou pra casa pra poder festejar

Hoje tem festa na casa do poeta
E lá o amor acontece
Vai todo mundo e o bicho pega
Ah...  A gente merece

Quando estava longe procurou a solidão
Mas algum estranho sem querer lhe deu a mão
Só depois de muito tempo pôde perceber
Que é aqui mesmo que terá de viver

Ou já perdeu a Fé e não acredita em nada
Esqueceu até das bebidas geladas
Você só acredita no que pode tocar
E nem reserva um tempo pra poder festejar

Hoje tem festa na casa do poeta
E lá o amor acontece
Vai todo mundo e o bicho pega
Ah...  A gente merece


Festa na Casa do Poeta. Esta canção foi composta no verão de 2001. Guardo uma lembrança imensa de todos os seus acontecimentos. Mais uma vez a arte imitando a vida. Dez anos depois e essa festa não pára. Êta Zorra!


PS: Disponível também no Youtube:
http://www.youtube.com/watch?v=gaD_YmI65Nc&feature=feedesi
Então começa assim uma nova história. A casa fica a cada dia um pouco mais vazia e o coração só espera não endurecer. Eu viajo em meus pesamentos fumando meu cigarro amarelo na rede e escutando as canções de Jau. Tenho a sensação de que daqui pra frente tudo vai ser melhor. Aliás, não que vá ser melhor,  mas que vai haver mais humor, já que amor é coisa rara. Ainda que não haja nada que se compara, aconselho que você não se reprima. Fiquemos com a rima. Wellcome!